Arquivo da tag: Animais pelágicos

Criaturas das águas negras. Imagens de seres luminosos das profundezas do mar

Lagostas espinhosas, lulas de néon, borboletas marinhas, enguias negras, polvos laranja. Imagens noturnas mostram criaturas dotadas de luzes multicolores nas profundezas escuras do Oceano Pacífico.

Por: Equipe Oásis

O fotógrafo profissional Jeff Milisen, de 37 anos, tirou fotos noturnas de vários tipos de vida marinha nas águas do Havaí, ao redor da Ilha de Kona. Num trabalho ao mesmo tempo arriscado e aventuroso, Milisen encontrou uma série de criaturas coloridas pouco conhecidas, fascinantes e assustadoras em igual medida.

O fotógrafo Jeff Milisen

Essa abundante fauna aquática vive em águas muito profundas, numa região chamada mesopelágica, na qual a visibilidade é praticamente nula. Esse mundo que se esconde na escuridão, abaixo da superfície dos oceanos, ainda permanece, em boa parte, um mistério que pouco a pouco está sendo desvendado pelas pesquisas de campo.

Esse trabalho noturno de Jeff Milisen foi intitulado “Blackwater ID”. Ele disse: “Para os não iniciados, uma fauna abundante vive numa região muito profunda do mar , a região mesopelágica, onde quase não existe luz. Por isso, nessa área, eles são muito difíceis de serem vistos. Como não há muita coisa para comerem lá embaixo, todas as noites eles sobem à superfície para se alimentar. A zona mesopelágica possui uma quantidade tão grande de seres vivos que, ao formar uma espécie de camada, eles aparecem como um falso fundo marinho para o sonar. Todos esperam que o oceano aberto seja preenchido por uma mega fauna formada por cardumes de atuns e tubarões. Mas na verdade o número de micro-seres nele existente é infinitamente maior.

Galeria de imagens:

Phyllosome and pelagia: A Spiny lobster (right) riding a Purple jellyfish (left) at night in surface waters of the deep ocean off Kailua Kona, Hawaii, USAThe larval crustacean uses its cnidarian host both as a food source and as a defensive weapon

Phyllosome e pelagia: Uma lagosta espinhosa (à direita), montada em uma água-viva roxa (à esquerda) à noite, em águas superficiais do oceano profundo de Kailua Kona, Havaí, EUA. O crustáceo, ainda em seu estado larval, usa seu hospedeiro cnidário como fonte de alimento e como arma defensiva.

Hippocampus fisheri: Commonly known as Fisher's seahorse, or the Hawaiian seahorse, this beautiful creature of one of the ocean's most majestic and is a species of fish of the family Syngnathidae. It is native to Hawaii.

Hippocampus fisheri: Comumente chamado de cavalo marinho havaiano, essa bela criatura é na verdade um peixe da família Syngnathidae. Esse hipocampo é nativo do Havaí.

Lamprogrammus: Otherwise known as the Black Cusk, this creature - a cusk eel - actually appears blue and yellow when moving against the oil-black backdrop of the late-night waves 

Lamprogrammus: Também conhecida como Black Cusk – uma enguia cega – parece amarela ao se mover contra o pano de fundo das ondas na madrugada.ade aparece azul e amarela ao se mover contra o pano de fundo negro das ondas da madrugada.

Brachioteuthis: This is a type of 'neon' squid that emits bright colours when photographed in certain lights. This species is widely distributed and is native to many parts of the Atlantic and Pacific Oceans, and the Mediterranean and Black Seas   

Brachioteuthis: Também chamada de “lula-néon”, ela emite cores brilhantes quando fotografada sob certas luzes. Esta espécie é muito difundida e pode ser encontrada em quase todas as áreas dos oceanos Atlântico e Pacífico bem como no Mediterrâneo e no Mar Negro.

Cavolinia: Otherwise known as Sea Butterflies, these creatures are pelagic marine gastropod molluscs in the family Cavoliniidae and have a wide distribution: from European waters and the Mediterranean Sea to the Atlantic Ocean

Cavolinia: Também conhecidas como borboletas-do-mar, essas criaturas são moluscos marinhos pelágicos. Sua distribuição também é bastante ampla: das águas europeias e do Mar Mediterrâneo até o Oceano Atlântico.

Cheilopogon: This bright, young thing  is a genus of flyingfishes. These can be recognised by their huge pectoral fins, which are seen in the image stretching out behind its colourful body.

Physophora hydrostatica: Commonly called the hula skirt siphonophore, this species has a gas-filled float with a deep red-pigmented cap. They are up 20 mm in height, flimsy, with no apparent ridges.

Sthenoteuthis oaualaniensis: AKA the purpleback flying squid or purpleback squid, it's a species of cephalopod in the family Ommastrephidae. Like many of its contemporaries, it resides at a deep layer of the ocean - down 1000metres.

Bothus thompsoni: This juvenile flounder are sometimes encountered near the surface at night. These swimming windowpanes are enthralling partly because they are so strange, partly because they are so recognisable

Nomeid in Cephea: Marine experts refer to this beautiful species as a giant nomad jellyfish, which is often seen snorkeling in the tropical warm waters of the Indian and Pacific Oceans. Since 1970's it has been also found in Mediterranean Sea.

Lophiodes fimbriatu: Also called Goosefish, these are anglerfishes in the family Lophiidae found in the Arctic, Atlantic, Indian, and Pacific Oceans, where they live on sandy and muddy bottoms more than 1,000m deep

Lophiodes fimbriatu: Também chamado de Goosefish, eles são peixes da família Lophiidae encontrados no Ártico, Atlântico, Índico e Pacífico. Vivem nos fundos arenosos e lamacentos dos mares, há mais de mil metros de profundidade.

Por que eles brilham e são luminosos?

“Muitos desses exemplares possuem bioluminescência”, explica Jeff Milisen, “e por causa disso o fundo marinho, muitas vezes, brilha como um céu estrelado”. Como vivem na escuridão, usam essa capacidade para poderem se identificar uns aos outros. Alguns, no entanto, usam a gelatina que reveste seus corpos para se tornarem quase totalmente transparentes. Muitas das imagens que produzo são feitas exatamente no momento em que manifestam sua bioluminescência”.

Vídeo: Trailer de Black Water.

Quem quiser ver o documentário inteiro, com cerca de 1 hora de duração, pode acessar o link: