Tratar a natureza como sagrada não é um ato religioso, mas ético. Significa reconhecer o valor intrínseco da vida, independentemente de sua utilidade para o homem. É compreender que toda destruição ambiental é também uma forma de autodestruição. Quando o solo morre, morremos com ele; quando a água é profanada, profanamos o próprio corpo; quando o ar é envenenado, sufocamos a alma da Terra.
A COP 30 oferece ao mundo a oportunidade de transformar a política ambiental em um novo pacto espiritual com o planeta. Isso implica rever nossa linguagem, nossos símbolos e nossas práticas. As florestas não são estoques de carbono – são teias de vida; os rios não são canais de escoamento – são veias pulsantes da Terra; o clima não é um número – é o sopro que mantém tudo o que existe.
