Papai Noel. Qual a importância de acreditar no bom velhinho?

 

Sabemos que a história do Papai Noel tem uma forte tradição e habita o imaginário das crianças. Mas você acha que é um mito a ser preservado ou deve ser visto com cuidado?

Fonte: Site https://br.mundopsicologos.com/

Um velhinho de barbas brancas, em um trenó voador puxado por renas, percorre o mundo inteiro e entra nas casas através das chaminés para entregar presentes para as crianças. E tudo isso acontece em uma única noite, na véspera de Natal.

Sabemos que esta história tem uma forte tradição e habita o imaginário das crianças. Mas você acha que é um mito a ser preservado ou deve ser visto com cuidado? Muitos pais podem ficar na dúvida em relação a esta questão. Por exemplo, se queremos mostrar para as crianças que é errado mentir, então devemos contar a verdade sobre o Papai Noel? Ou será que é saudável estimular este tipo de fantasia na vida das crianças?

Saiba o que estudos sobre o assunto têm a dizer e conheça uma história perfeita para entrar no espírito natalino.

Um velhinho inofensivo

Vários estudos defendem a importância do imaginário para as crianças e não apresentam restrições em relação à esta crença de Natal. Segundo pesquisa feita pelo departamento de psicologia da Universidade de Oregon, as crianças que acreditam em fantasias, como a do Papai Noel, aprendem a distinguir melhor entre imaginação e realidade.

Outro estudo, desenvolvido pela professora de psicologia da Universidade de Berkeley, Alison Gopnik, revela algo surpreendente: as crianças de certa maneira sabem que o Papai Noel não é real.

Em seu livro “The Philosophical Baby: What Children’s Minds Tell Us About Love, Truth and the Meaning of Life” (sem tradução para o português), a autora explica que as crianças têm muito mais facilidade em se envolver e vivenciar fantasias, mesmo tendo consciência de que a brincadeira não é a realidade.

Ela ainda complementa que, ao “acreditar” no Papai Noel, é como se elas brincassem em um jogo de faz de conta. A psicóloga afirma também que, ao brincar de “faz de conta”, a criança exercita a habilidade de vislumbrar alternativas e soluções para um problema. E isso influencia até a vida adulta, na capacidade de inovar e inventar.

Ele, de fato, existiu!

Para quem ainda não gosta de contos de Natal, aqui vai uma curiosidade: o mito do Papai Noel foi criado a partir de uma história verdadeira.

Ao longo dos anos, o personagem passou por influências de vários países até tomar a forma que tem hoje. Mas tudo começou com São Nicolau, um bispo romano que viveu no fim do século II a.C.

Ele era famoso por distribuir presentes secretamente em sua cidade, deixando doces ou moedas dentro dos sapatos deixados nas janelas pelas crianças. Em agradecimento, as crianças deixavam algum alimento, como cenouras, para o cavalo de São Nicolau. Após a sua morte, foi canonizado como o padroeiro das crianças.

Desde então, a tradição de colocar presentes nos sapatos de crianças perdurou durante toda a Idade Média. Mais tarde, em 1822, um poema natalino intitulado “A visita de São Nicolau (Saint Nicholas)”, de Clement Moore, vem falar de um velhinho que viajava em um trenó puxado por renas, carregando um saco cheio de brinquedos, sendo dono de uma barriga proeminente.

O Papai Noel como o conhecemos hoje foi finalmente idealizado na década de 1930, pela Coca-Cola. Em um anúncio, a marca divulgou a ilustração de um senhor com roupa vermelha, barba branca e botas de couro.

Pode ser que os valores tenham se perdido um pouco ao longo dos séculos, mas a história de São Nicolau serve como uma bela lição de solidariedade. Uma dica é usar esta história para explicar a verdade sobre o Papai Noel às crianças mais velhas.

Para entrar no clima de Natal

Um outra dica para aproveitar ao máximo o clima de Natal e exercitar a fantasia das crianças é visitar o site Norad Santa: funciona como se fosse o site oficial do Papai Noel, com textos feitos para leitores infantis. O site também traz informações sobre o Polo Norte, jogos, vídeos, músicas e outras atividades.

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